quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CENTÉSIMO QUARTO ANIVERSÁRIO DO FREVO

Companheiros (as), visitantes,

Nascido no Recife e genuino ritmo pernambucano, o Frevo, originou-se nas acirradas e disputadissimas querelas das Bandas de Música do Exército e da Policia Militar de Pernambuco, que acompanhavam as nossas agremiações carnavalescas desde a 2a. metade do século 19. A palavra Frevo, vem de "Frever" que na linguagem popular queria dizer ferver. exemplo: "a música está frevendo", falava o povão! O Frevo Vassorinhas, de Mathias da Rocha, originalmente tinha letra: "se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas de brilhante, para o meu bem passear"...Hoje, é somente orquestrado e é o Frevo mais tocado no Brasil. Sempre foi o hino do Clube Carnavalesco Misto Vassorinhas, orgulho do nosso carnaval. Com o passar dos anos, o Frevo de rua gerou dois novos descendentes: Frevo Canção com introdução e final em ritmo de Frevo de rua , com letra e interpretado por crooners, coral e orquestra. Os dançarinos do Frevo dançam o "Passo" e o "Passista" tem sempre à mão uma pequena sombrinha com as cores da Bandeira de Pernambuco. Antes, portavam guardas-sol, que escondiam até armas branca " às vezes usadas no enfrentamento dos capoeiras dos clubes rivais, que, igualmente, portavam-se à frente dos cordões mistos como abre alas, dispostos a tudo.A intervenção policial era constante para evitar entreveros com ferimentos mortais ou debandada dos carnavalescos e do grande público acompanhante.Lembro-me de clubes tradicionais; além do Vassorinhas, Inocentes do Rosarinho, Lenhadores, Pás Douradas, Pavão Dourado,
entre outros.Os belissimos blocos, pouco sujeitos a desentendimento, considerando sua composição de familiares e amigos  íntimos, jovens e senhoras da grande classe media. Seus frevos eram tocados por orquestras de pau e corda: Flautas, violinos, violões, cavaquinhos, banjos, clarinetes, saxofones, requintas, taroes, surdos e pandeiros. Além, claro, coral feminino afinadíssimo; todos regidos por maestro portando apito estridente, para reger coral e banda. Entre os blocos destaco: Bloco da Saudade, Bloco das Flores, Madeira do Rosarinho, Batutas de Sao José, Banhistas do Pina. De Olinda ELEFANTE e Pitombeira dos Quatro Cantos. Nas tardes do sabado, após o GALO, mais ou menos pelas 14:00 h -NÓS SOFRE MAIS NÓS GOZA!  Compositores, lembro os principais: Levino Ferreira, autor de Mexe com tudo, e para mim , tambem compositor do maior Frevo de rua de todos os tempos, o imortal ÚLTIMO DIA, notas musicais de pura saudade! Nelson Ferreira, das Evocaçõe; Carnera dos Frevos de rua, tipo arrastão; Capiba dos geniais Frevos canção; Irmãos  Valença, de quem tentaram roubar "O teu cabelo não nega"; Antonio Maria dos Frevos de bloco No.1,2 e 3;Luiz Bandeira, de Voltei Recife. Dos novos, destaco Getulio Cavalcanti e o seu Último Regresso, antevendo a queda do seu Banhistas do Pina, que finalmente, para a alegria dos foliões, não aconteceu. Vou encerrando por aqui, cantando o estribilho do Galo da Madrugada: Ei pessoal, ei moçada, carnaval  começa no GALO  DA MADRUGADA!
 
Saudações rotárias no centésimo quarto aniversário do FREVO!
 
Wilmar Medeiros
Diretor de Protocolo 2010-2011
09-02-2011
 
 
 
 
 

2 comentários:

Anônimo disse...

Companheiro Wilmar

Sou carnavalesca, acompanhei quase todo este trajeto do frevo, vibro quando toca vassourinha e mim deleito quando escuto e danço o frevo de bloco.Saudade é isto que a gente sente, saudade é falta que faz a gente, alguem que partiu, alquem que morreu..........
Marcia Jaci

Anônimo disse...

Companeiro Wilmar

Lí com muita atenção o seu relato sobre o centésimo quarto aniversário do frevo. Essa é nossa história! e pessoas como você contribuem com talento e amor para que essa alegre história do frevo seja preservada.