segunda-feira, 10 de outubro de 2011

DESPERDÍCIOS DE ALIMENTOS

Companheiros (as), visitantes,
 ASBRAN defende novos hábitos para evitar desperdício de alimentos

26/09/2011

Segundo relatório da FAO, de 2008, no Brasil até 70 mil toneladas de alimentos têm anualmente o lixo como destino; 64% do que é plantado no país é descartado. Não faltam estudos para apontar a farra do desperdício de alimentos pelos brasileiros. As pesquisas mostram que há desde falha no processo de armazenamento e transporte, como insensibilidade de consumidores e falha na educação alimentar. Compramos mais do que consumimos e não sabemos reaproveitar.

Enquanto jogamos comida fora, 1 bilhão de pessoas aguardam um prato de alimento todos os dias, segundo dados da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV). O desperdício de alimentos é na verdade uma chaga que precisa de curada em todo o mundo. Outra pesquisa elaborada entre 2010 e 2011 pelo instituto sueco SIK, indica que 1,3 bilhão de toneladas de alimento são desperdiçados por ano no mundo todo e que os países desenvolvidos desperdiçam aproximadamente a mesma quantidade de alimentos: 670 milhões de toneladas por ano.

"Estamos atrasados para mudar nossa postura", diz a diretora da ASBRAN, Drª Jacira Conceição dos Santos. Ela defende ações permanentes de educação que promovam mudanças na rotina diária do brasileiro. "Podemos evitar desperdício de alimentos, colaborando para nossa saúde física e financeira, mas para isto temos de assumir algumas atitudes que talvez levem tempo para se tornar novo hábito, pois um hábito só pode ser criado através da repetição do novo comportamento", avalia a nutricionista da ASBRAN. "Vale escrever na agenda, no quadro de avisos da casa, do trabalho, deixar bilhetes e tudo o mais que possa chamar sua atenção e das pessoas que estão à sua volta para o novo comportamento, novos caminhos, novos locais de compra e novas receitas para o dia a dia.

Planejamento é o passo inicial

Segundo Jacira, especialista em Nutrição Clinica, Esporte e Dietética Chinesa, o importante é planejar, mas não esperar para mudar. Ela dá algumas dicas importantes para auxiliar na mudança de comportamento, como organizar cardápios de almoço, jantar e lanches intermediários. Na hora de ir ao supermercado, leve uma lista de compras com as quantidades que a família vai consumir no período estipulado e não faça compras com pressa.

Só com tempo se pode avaliar a preservação das embalagens, verificar a data de validade, preço, novos produtos, verificar temperatura de conservação das carnes e congelados etc.   Legumes e frutas adquiridos em feiras ecológicas são mais duráveis porque não foram armazenados, são orgânicos (livres de agrotóxicos) e são alimentos da estação do ano. Portanto, mais adequados para a saúde. Outra vantagem é poder aproveitar ramos e talos de vegetais que normalmente, quando adquiridos em supermercados, são descartados porque estão amarelos e impróprios para o consumo. 

Armazenamento e ConservaçãoInforme –se sobre as temperaturas ideais para os diferentes alimentos e a forma de conservação na geladeira. Mantenha a geladeira e freezer organizados de acordo com os alimentos que devem ser consumidos primeiro. No freezer identifique os alimentos, coloque datas para consumo e peça orientação sobre a melhor forma de conservação dos diferentes legumes e frutas na geladeira.

No Restaurante
Em buffets sirva-se somente do que vai comer e no restaurante à la carte, quando as porções são muito grandes, peça meia porção.

Preparo sem desperdícios Saber aproveitar integralmente um alimento é também combater o desperdício. "Quando o homem vive no campo, utiliza uma parte do alimento e o que sobra é devolvido/reintegrado na natureza. Na cidade temos que consumir integralmente o alimento, pois o que não for consumido não terá um destino natural. È importante estipularmos uma meta para redução do lixo orgânico através do aproveitamento máximo de alimentos", sinaliza Jacira. Ela ainda orienta sobre como proceder:

Legumes: folhas, ramos e talos de vegetais, como folhas de couve-flor, beterraba, rabanete, nabo e outros, podem ser higienizados e congelados em porções de acordo com consumo e serem aproveitados em sopas, liquidificados e utilizados em tortas salgadas, arroz etc. Podem ser usados ainda para um suco verde. Folhas podem durar por sete dias quando armazenadas adequadamente na geladeira. Jacira ressalta, no entanto, que normalmente se questiona a perda de vitaminas no processo de congelamento de folhas e vegetais, porém são preservados muitos nutrientes como minerais importantes para saúde bem como a clorofila e fibras.

Cascas: cascas de abóbora, abobrinha, batatas, assim como a parte branca da melancia, podem ser guardadas na geladeira ou freezer e serem utilizadas em pedaços ou liquidificadas para sopas, arroz, bolos e tortas.

Sementes: são fontes de minerais e óleos importantes para a saúde. Podem ser tostadas e trituradas para serem utilizadas em farofas ou em outros alimentos. Sementes de melão ou melancias têm sabor suave, podem ser congeladas para fazer sucos quando liquidificadas.

Lembre-se ainda que sobras de arroz, macarrão, tubérculos podem ser regeneradas em outras preparações, como sopas, bolos, tortas etc.

                                           Artigo publicado em :
http://www.asbran.org.br/sitenovo/noticias.php?dsid=751

Um comentário:

Gilberto Vasconcelos disse...

Enquanto isso, 350.000 pessoas passam fome em Moçambique - África.

Fui criticado quando decidi que o valor arrecadado com o LANÇAMENTO DO LIVRO - MAPA DOS BAOBÁS DO BRASIL será doado para Moçambique.

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